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quarta-feira, abril 19, 2006

A máscara de quem tu és



Bastou um simples olhar para me sentir prisioneiro.
E no instante seguinte já os teus lábios soltavam palavras que seduziam.
A minha voz estremece a cada expressão que desenhas
E os meus fonemas mais parecem diálogos mudos ou banais.
Procuro-te uma e outra vez em busca de encantos e dissabores,
Mas perdes-te na futilidade dos valores... nesses hábitos que vestes.
E quase não me reconheço quando me revejo nesta valsa...
Estes compassos perdidos de enigmas por desvendar...

E hoje sou o teu par neste baile de máscaras.
E dançamos na cumplicidade dos teus falsos caprichos,
Enquanto procuro uma fraqueza neste disfarce onde te escondes.

Mas não me trai a tua voz porque escuto os teus olhos
Nem sequer me falta o teu rosto para desnudar o teu ser...
Porque esse teu manto oculta segredos que um simples olhar denuncia

Deixa-me ir mais além. Quero entrar nesse teu mundo,
Livrar-te desta mascara que te gela o pulsar do coração
E descobrir para onde voas quando os teus olhos se fecham.
E quando desvendar todos os teus medos e sonhos,
Então sei que também sou parte desse mundo de magia.
E não me afastam gestos ou palavras carregadas de mágoa,
Porque quero dançar nesse fogo que queima a quem te procura
E conhecer como a palma das minhas mãos o que de todos escondes.


José Martinho

12/02/06

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